O
álbum de Mário
André,
Quaresma,
o Decifrador: O Caso do Quarto Fechado
(Kustom Rats), já reuniu breves
críticas
por
parte
de
especialistas,
em
BD e na
literatura de Fernando Pessoa…
Em
BandasDesenhadas:
“Mário
André divulga, de forma competente, esta faceta literária de
[Fernando] Pessoa tão pouco conhecida.”
“O
autor transpõe com sucesso a prosa de Pessoa para um argumento de
banda desenhada. Graficamente, verifica-se um amadurecimento do autor
no seu traço.”
Ricardo
Belo de Morais,
em O Meu Pessoa:
“O
mercado livreiro português conta agora com a primeira versão [em]
BD da novela policiária O
caso do quarto fechado,
do “quase-heterónimo” de Fernando Pessoa, Abílio Quaresma. A
adaptação é assinada por Mário André. Fernando Pessoa escreveu
sobejamente sobre a sua personagem detectivesca, nomeadamente dizendo
que Quaresma, o Decifrador, se alimentava de coisas como “charadas,
problemas de xadrez, quebra-cabeças geométricos e matemáticos” e
“vivia com elas como com uma mulher. O raciocínio aplicado era o
seu harém”.
Dr.
Abílio Quaresma, o Decifrador, era um médico “sem clínica e
decifrador de charadas da vida real”. A personagem criada por
Pessoa foi protagonista de novelas policiárias desenvolvidas pelo
escritor; abraçando um género muito popular nas primeiras décadas
do séc. XX – e que foi, aliás, um favorito de Pessoa. A escrita
dos contos policiários de Fernando Pessoa, por via da personagem
fictícia Dr. Quaresma, deu-se durante várias décadas, num conjunto
de treze contos. Em “O caso do quarto fechado”, Quaresma analisa
um crime num quarto de uma pensão lisboeta, fechado por dentro,
cometido de forma a passar disfarçado de suicídio. Abílio Quaresma
analisa a patologia do suicídio, desmascarando-a; e a vítima é
descrita como um histero-neurasténico, designação que Fernando
Pessoa chegou a aplicar a si próprio."
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