2022-02-28

Yves Darbos estreia o podcast C.A.L.K.

O artista Yves Darbos, que se estreou como autor de BD há um ano, no fanzine Outras Bandas #4, no qual também assinou a ilustração de capa, e que posteriormente apresentou novos trabalhos de ilustração e BD, respectivamente no Outras Bandas #5 e na antologia BD Montijo, lançou esta semana o seu novo projecto, C.A.L.K. Este podcast independente, que significa Culture Art Laugh TalK, representa o esforço do francófono Yves para divulgar várias iniciativas e figuras da cultura europeia e local, sendo por isso falado em inglês.
A
propósito da inauguração da exposição BD Montijo: Iniciações, as primeiras convidadas foram as colegas do Tágide, Patrícia Costa, autora/editora da série Crónicas de Enerelis, e Susana Resende, ilustradora de Os Animais nos Provérbios Portugueses e autora de BD em diversas antologias e revistas.


O podcast pode ser ouvido gratuitamente em BuzzSprout.

2022-02-26

BD Montijo: Iniciações - Fotos

Inaugurada há três semanas, a mostra colectiva BD Montijo: Iniciações, patente no Museu Municipal Casa Mora, reúne as BDs finais dos cursos conduzidos pela autora Susana Resende, Iniciação à Arte Sequencial, promovidos pela Câmara Municipal de Montijo entre 2018 e 2019. A exposição pode ser visitada até 26 de Março, das Terças-feiras a Sábados, entre as 9h e 17h30.

 

Participam na colectiva os autores Alexandre Silva, António Coelho, Beatriz Fernandes, Filipa Lopes, Filipe Duarte, João Gabriel Coelho, João Mateus, João Pedro Marques, Jorge Rodrigues, José Bandeira, Lucas Trigo de Sousa, Maria João Claré, Mário André, Patrícia Costa, Rafael Marquês, Rui Serra e Moura, Shania Santos, Tatiana Ferreira, Tiago Martins e Yves Darbos.


Foi incluído ainda trabalhos adicionais doutros alunos, tais como Ana Sofia Jesus, António Pires, Bernardo Aldeias, Capitolina Rabanete, Cosmina Pop, Iara Gouveia, Guilherme Jalles, João Pedro Afonso, João Raz, Matilde Félix, Rita Joana, Simão Frade e Vitor Santos. Assim como dos autores profissionais Susana Resende e Daniel Maia.



Estão disponíveis gratuitamente exemplares da edição camarária BD Montijo: Iniciação à Arte Sequencial – Antologia I, que compila os trabalhos e material adicional.

2022-02-24

Tágide: Últimos encontros digitais

Como tem sido referido em várias publicações do ano passado, durante as medidas mais restritivas da pandemia, que se deu precisamente quando o colectivo Tágide estava prestes a celebrar o 2º aniversário, o grupo transitou os encontros para a web, através de videochats. Ao longo de dez encontros virtuais, os autores puderam manter contacto, partilhar trabalhos e as suas novidades autorais, e também coordenar a iniciativa Heróis Portugueses, que então decorria e que ademais serviu para se manter activa a sinergia do grupo.

O último semestre foi mais espaçado em chats, dado que em Setembro se retomaram os eventos da área e, pontualmente, puderam-se combinar breves encontros presenciais, mas foi em Janeiro que o colectivo retomou em força a sua tertúlia, na sequência da inauguração da mostra colectiva BD Montijo: Iniciações. Daqui para a frente, agora que terminou o “apocalipse”, esperamos regressar aos tempos de encontros ao vivo (senão quinzenais, pelo menos mensais) e manter acessa a chama criativa deste grupo informal.

2022-02-22

3º Prémio Bandas Desenhadas: Nomeações finais

Terminou hoje a fase de nomeações progressivas do Prémio Bandas Desenhadas, com o anúncio dos finalistas extemporâneos de 2021. Entre o lote de nomeados, temos a obra da Patrícia Costa, Crónicas de Enerelis:Volume 02 – Sangue, publicada em Setembro do ano passado, cuja selecção foi contextualizada assim: “(…) para a categoria de Melhor Obra Nacional com Distribuição Alternativa, os jurados nomearam Crónicas de Enerelis vol. 2: Sangue, de Patrícia Costa, em autoedição. Neste segundo volume da sua saga, com uma forte influência na BD asiática, Costa vai expandido o seu universo, sempre atenta aos pormenores, sendo de salientar o ritmo de produção da autora e respetiva edição das suas bandas desenhadas, distando somente de 8 meses a publicação de 2 volumes com mais de 190 páginas cada um.”


A Patrícia está de parabéns por mais esta nomeação, e junta-se assim a outra autora do Tágide que já havia sido nomeada a meio do ano, a Susana Resende, na categoria Melhor BD Curta em Antologia, assim como ao
Outras Bandas #4, indicado em Melhor Antologia.

2022-02-20

Novos desafios ilustrados de Shania Santos

A autora de BD e ilustradora Shania Santos prossegue o seu desenvolvimento artístico através das redes sociais, com novos trabalhos em resposta a desafios ilustrados e também inspirada por leituras diversas. Entre ilustrações tradicionais, com aguarelas e guaches, ou com artes digitais, a autora desenhou personagens saídas de propriedades populares, tais como Dungeon’s and Dragons, Heaven’s Official Blessings, WandaVision, Once Upon a Time, Skyrim, Haikyuu!!, Hades, Grandmaster of Demonic Cultivation e Savage Worlds. Desfrutem!

Desfrutem!


2022-02-18

Ilustração de Capa/Contracapa de BD Montijo

A ilustradora Susana Resende, também formadora dos cursos BD Montijo: Iniciação à Arte Sequencial (2018-2019), partilhou recentemente no seu blogue o desenho que realizou para a capa e contracapa da antologia BD Montijo: Iniciação à Arte Sequencial – Antologia I, agora disponível na respectiva exposição colectiva, patente até 26 de Março no Museu Municipal Casa Mora.

 

A ilustração, que figura uma Tágide, mascote das imagens promocionais dos cursos, criadas por Ana Mar e Daniel Maia, foi desenhada com lápis de cor e ceras, mais detalhes a marcador preto, sob cartolina azul. A imagem tem também servido como topo do blogue TágideBD desde o arranque deste colectivo.

2022-02-10

A Implosão: Novas críticas

A novela gráfica A Implosão, por Mário André, está tecnicamente esgotada. Os coleccionadores mais exigentes ainda podem adquirir os dois ou três exemplares existentes, antes do autor/editor reeditar o álbum, que irá em breve iniciar nova ronda de circuitos promocionais, tendo já sido realizados convites para novas apresentações durante os próximos meses.
Entretanto, após a excelente apreciação por Penim Loureiro, a edição obteve duas novas críticas, no blogue Vinheta2020 e Leituras do Pedro, que reproduzimos parcialmente. Para ler as críticas na integra, visitar os links.

 

De Hugo Pinto (Vinheta2020):
O autor português Mário André publicou recentemente, e de forma independente, a sua obra A Implosão. Esta é a adaptação para novela gráfica do romance de Nuno Júdice, com o mesmo título, que foi publicado em 2013, numa reação às políticas de austeridade que o governo de Passos Coelho infligiu aos portugueses, na altura do resgate financeiro pelas mãos da Troika.

Nesta obra acompanhamos o diálogo de dois amigos que há muito não se viam e que se encontram após a célebre manifestação de 15 de Setembro de 2012. A partir daí, começam, entre si, uma grande conversa que, basicamente, dura o livro todo, sobre os ideais políticos do momento presente e do passado do Estado Novo, numa constante e persistente analogia entre uma e outra realidade. O discurso é todo ele feito de forma metafórica e abstrata, mas em que é clara a sugestão de um levantamento dos ideais e luta pelos direitos de outrora.
As personagens dirigem-se, depois, a uma velha igreja para velar uma mulher(?) onde, continuando a falar do passado e do presente, recordam o tempo de suspeita geral, sobre tudo e sobre todos, que pairava no ar, durante o tempo do Estado Novo, em que emitir uma opinião contrastante poderia causar dissabores a muita gente.


O livro aparece sobrecarregado de texto, o que dificulta a leitura. Especialmente porque o tema, sendo de foro político e, ainda por cima, recorrendo a metáforas e analogias para apresentar ideais, deveria ter sido dado ao leitor de forma mais simples e escorreita. Com menos texto e, já agora, com menos páginas. Isto porque me pareceu que o livro esgota a sua mensagem ainda antes de chegar ao meio da obra. O que faz com que, a partir daí, seja mais difícil concluir a leitura.
O desenho que Mário André nos oferece apresenta várias fraquezas ao nível técnico. Nomeadamente, em termos de expressões faciais, de fisionomia das personagens, de linguagem corporal das mesmas e de perspetiva dos objetos. Os cenários também são bastante vazios. Existem alguns bons momentos, mas acho que, no todo, o desenho assume um estilo de traço infantil que não o é por opção, mas sim por ser a forma como o autor se consegue exprimir visualmente. E não há nada de mal nisso, convenhamos. Nota positiva para o bem conseguido aspeto da personagem de óculos e bigode, que acaba por ser a mais cativante e impactante do livro.


Sendo uma obra com um texto algo difícil e denso, e que assenta num enorme diálogo, há que dizer que não é, de todo, uma obra fácil para adaptar para banda desenhada. E, nesse sentido, há, pois, que reconhecer mérito à forma como o autor tenta planificar, da forma mais dinâmica que lhe é possível, uma obra tão difícil e que está sempre à volta do mesmo tipo de diálogo, com as mesmas personagens e que decorre no mesmo local. Como se fosse uma peça de teatro.
Assim sendo, tentando não cansar o leitor, Mário André procura sempre que cada página seja diferente da anterior. Através da mudança de planos e perspetivas, e do reajuste e mudança no tipo e tamanhos de vinhetas. E esse será, quanto a mim, o maior mérito que o autor e os leitores da obra poderão retirar da obra.

Em termos de edição, sendo de autor, pode-se dizer que o livro, com capa mole brilhante, tem um aspeto e uma qualidade de encadernação bastante aceitáveis. Nota positiva para os extras que incluem um prefácio do próprio autor da obra original, Nuno Júdice, bem como um texto final de Mário André e algumas ilustrações adicionais.

Em suma, e sendo sincero, tenho que dizer que a leitura desta obra se tornou algo penosa pela enorme quantidade de texto que nos arrasta para uma sensação de marasmo ideológico e uma forte redundância. Estou certo que a mesma história poderia ter sido (mais que) bem contada com metade das páginas do livro. No entanto, e sendo um trabalho de um autor que, por fruto da sua paixão pela banda desenhada, tem vindo a dedicar-se à mesma, enquanto criador, apenas a partir do ano 2015, deve ser encarado como uma boa iniciativa e uma obra pertinente de afirmação para que, futuramente, nos possa dar mais e melhores livros de banda desenhada.”


De
Pedro Cleto (Leituras do Pedro):
Numa adaptação, manter o espírito da obra - a sua essência, as suas ideias fortes - é fundamental. Se o autor da obra original - que eu desconheço - o (/se) reconhece na banda desenhada que dela se originou, penso que está tudo dito. No entanto, fazê-lo a partir do uso (e abuso) dos textos originais - como me parece que acontece aqui, já é menos positivo, e o simples folhear da obra permite ver demasiado texto em muitas das pranchas, o que obviamente dificulta a sua leitura e prejudica o seu ritmo narrativo.


Apesar disso - contrariando-o, até - é preciso reconhecer o maior mérito de Mário André: a planificação variada e dinâmica que conseguiu imprimir a uma obra que maioritariamente assenta num diálogo denso e pesado entre duas personagens - por vezes quase dois monólogos paralelos - sem qualquer acção. A mudança de planos, a variação das tomadas de ponto de vista, uma ou outra fuga à planificação mais tradicional adoptada, ajudam a leitura e o acompanhamento de um texto que, de si, já não é fácil. E contribuem um pouco para atenuar as evidentes limitações gráficas, ao nível dos rostos da construção da figura humana e dos parcos cenários que o autor arriscou mostrar.”


2022-02-08

E-book Dias de Horror disponível online

Há uma semana, em comemoração do Dia do Quadrinho Nacional, no Brasil, a empresa Chiaroscuro Studios disponibilizou online, em Português e em Inglês, a novela gráfica colectiva Dias de Horror, publicada originalmente em Dezembro de 2017, no evento CCXP. O projecto foi a primeira obra de BD produzida pelo estúdio e visava a promoção dos autores agenciados na empresa, onde consta o autor montijense Daniel Maia (e também o lisboeta Nuno Plati).

Dias de Horror conta a história de Doc Horror, o maior vilão do planeta, que traiu os maiores super-heróis do mundo durante uma invasão alienígena e agora se vê julgado em tribunal internacional pelos seus actos, enquanto os heróis sobreviventes prestam o seu depoimento. Com todo o planeta a assistir, a verdade deve vir ao cimo, para que a justiça possa prevalecer.


Infelizmente, Portugal ainda não tem atribuído um Dia Nacional da Banda Desenhada, embora haja sugestões para que tal se dê em Agosto, em referência ao ano 1850, data da primeira prancha de BD publicada no país, ou em Janeiro, em referência ao ano 1972, início de publicações de BD original, através de fanzines. Esperemos que essa falha seja colmatada em breve.

2022-02-06

BD Montijo: Iniciações – Fotos da Inauguração

Foi inaugurada na passada 6a-feira, dia 4, a mostra colectiva “BD Montijo: Iniciações,” no Museu Municipal Casa Mora. A exposição, que apresenta os trabalhos finais em banda desenhada de alguns dos formandos dos cursos promovidos pelo município em 2018 e 2019, foi marcada pela presença do Exmo. Presidente da Câmara, Dr. Nuno Ribeira Canta, do Exmo. Presidente da Junta de Fregueria, Dr. Fernando Caria, e do Vereador da Cultura, Dr. José Manuel Santos, que fizeram também o lançamento da antologia das BDs, BD Montijo: Iniciação à Arte Sequencial – Antologia I.


Na ocasião, juntaram-se muitos dos formandos dos cursos, agora autores que integram o colectivo informal Tágide e que se lançaram também em projecto de edição autoral.




Esta exposição representa um coroar dos esforços realizados pelos alunos e pela formadora Susana Resende, e um reforço da aposta do município nesta (Nona) arte tão em voga hoje em dia, na nossa comunidade e movimentos culturais.