Na
recta final para concluir esta iniciativa com 100 heróis portugueses
de banda desenhada, hoje destacamos três novas personagens de
décadas diferentes:
A repórter Dorita (ilustrada por Mário André), de José Vilhena, foi
criada em 1974 para a revista satírica Gaiola Aberta,
produzida e editada pelo prolífico pintor e ilustrador. A curvilínea
Dorita, uma "mulher da vida" com curiosidades
sócio-politicas, surge em inúmeras sequências de humor de duas
páginas, intituladas "Dorita e as suas Sondagens", sendo
por vezes também figura de capa. A personagem acompanha o autor
noutros títulos, tais como O Fala-Barato, O Cavaco, O
Marginal, O Moralista, e ainda a 2ª série de Gaiola
Aberta.
O Pirilau (ilustrado por João Raz), de José Cottinelli Telmo – famoso arquitecto, realizador, actor, músico, cenógrafo, autor de BD e ilustrador –, surgiu em 1920 no Magazine ABC, com "As Aventuras Inacreditáveis – e com razão – do Pirilau que Vendia Balões", cujo sucesso propiciou a edição da revista infantil ABCzinho, gerida pelo próprio. A revista duraria até 1929, devido ao seu enorme sucesso, onde o autor assinava como "Tio Pirilau". Em 1999, a Baleiazul/Bedeteca de Lisboa publicam a colectânea monográfica O Pirilau que Vendia Balões é Outras Histórias.
Por último, eis a Alice (ilustrada por António Coelho), de Luís Louro, surgida em 1995 no álbum Alice na Cidade das Maravilhas. Reeditada quatro vezes até ao final da década, a obra esteve esgotada até 2020, aquando a Ala dos Livros lança uma edição comemorativa do 25º aniversário. Visualmente, Alice tem também partilhado a Lisboa d'O Corvo (outro herói do autor), através de cameos.
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